A corrida por minerais fundamentais para a transição energética e o avanço da inteligência artificial vem estimulando os investimentos bilionários em exploração de cobre em todo o mundo.
A empresa Vale Base Metals, uma das gigantes do setor, subsidiária da mineradora brasileira Vale, vem traçando um plano ambicioso para ampliar a sua produção, especialmente no estado do Pará.
O objetivo é aumentar a extração de cobre para 700 mil toneladas até 2035, um aumento considerável em comparação ao plano anterior, que estimava uma produção entre 420 mil e 500 mil toneladas anualmente a partir de 2030.
Dessa forma, a Vale está apostando em novos projetos de mineração no sudeste do Pará, ruma área estratégica para suas operações no Brasil.
Porque a demanda por cobre vem aumentando?
A necessidade elevada de cobre está conectada diretamente à migração de setores com base em combustíveis fósseis para fontes de energia renováveis.
A demanda por metal deverá ser elevada na próxima década devido a eletrificação de indústrias e o aumento acelerado da inteligência artificial.
Segundo o executivo da Vale Base Metals, Shaun Usmar, “muito cobre será necessário para construir os data centers que alimentam a revolução da inteligência artificial”.
Ele enfatizou que em um evento feito em Toronto que hoje tem em torno de 11.800 data centers no mundo, com mais de 5.400 localizados nos Estados Unidos.
A estimativa é que, até o final da década, esse volume alcance a 10 mil somente nos EUA.
Por exemplo, um data center da Microsoft, gasta em torno de 27 toneladas de cobre por megawatt-hora (MWh), podendo alcançar a 20 MWh energia elétrica.
O setor automotivo também estimula essa crescente demanda. Carros elétricos usam 2,5 vezes mais cobre do que carros que são movidos a combustão, o que faz com que a necessidade do metal no setor cresça para 2,5 milhões de toneladas até 2030.
