Os sinais de que está se iniciando uma guerra comercial com proporções mundiais voltaram a alertar sobre as alterações na dinâmica do comercio mundial, podendo afetar o Brasil de maneiras diversas.
Na última terça-feira, 4 de março, Canadá, China e México divulgaram as novas taxas para os produtos importados dos EUA. Os decretos vêm para responder as tarifas impostas por Donaldo Trump para os três países.
De acordo com especialistas, a mudança nas tarifas de importação pode causar prejuízos diretos para setores específicos no Brasil, atingindo produtos como o etanol e agrícolas.
Em contrapartida, o crescimento nas tensões entre EUA e seus principais colaboradores podem gerar novas oportunidades para o comércio exterior brasileiro, o que permite que o Brasil comercialize mais produtos a grandes parceiros.
O ex-secretário do comércio exterior e sócio-fundador da BMJ Consultores Associados, Welber Barral, diz que uma parcela das medidas divulgadas pelos chineses para responder às tarifas de Trump podem proporcionar benefícios para o Brasil.
“As retaliações à soja e ao frango podem acabar beneficiando as exportações brasileiras”, revela.
Além da China ser o maior parceiro comercial, o Brasil está posicionado entre os maiores exportadores mundiais dos dois produtos.
Energia nuclear pode ser restaurada no Brasil
O ministro da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que o acordo entre União e Eletrobras resultará na “criação das condições para resgate da produção de energia nuclear no Brasil”. Na sexta-feira, 28 de fevereiro, a companhia deu declarações sobre ter chegado a um acordo com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para finalizar o processo que lidava com a governança e da participação do governo na empresa. Durante uma entrevista ao jornal Valor Econômico divulgada na última quarta-feira, 5 de março, Messias afirmou que o entendimento “demonstra o poder do diálogo e representa uma vantagem real com legítimo ganha-ganha, sendo vantajoso para ambas as partes.”