A produção de energia a gás sempre lidou com esse desafio: como gerar eletricidade de um jeito eficiente sem acelerar as emissões de CO₂ (dióxido de carbono)? O KIER (Korea Institute of Energy Research) pode ter chegado perto de conquistar uma resposta concreta. O instituto criou a maior tecnologia de usina a gás do mundo com base na combustão química em loop (CLC), uma metodologia inovadora que pode capturar 150.000 toneladas de CO₂ anualmente ao mesmo tempo que abastece cidades com energia renovável.
Entenda o que é a combustão química em loop (CLC)
Diferente das usinas tradicionais, que utilizam a queima dos combustíveis fósseis e mistura oxigênio com nitrogênio do ar, o CLC integra as partículas metálicas que fazem o transporte de oxigênio diretamente ao combustível. Esse método evita que o CO₂ acabe se misturando com os outros gases, o que torna a sua captura mais eficiente e simples.
Na prática, a combustão química em loop atua como um sistema de reciclagem infinito. As partículas vão liberando o oxigênio durante a combustão e após o reabsorve quando são expostas ao ar, o que permite que o processo continue sem a precisar de equipamentos extras para separar os gases. Resultando em uma usina mais eficiente e causando menos impacto ao meio ambiente.
O KIER, em colaboração com o KEPCO Research Institute, fez um teste em sua planta piloto de 3 MW durante 300 horas de operação constante. O sistema apresentou uma eficiência de captura de CO₂ maior que 96%, um marco surpreendente na história da produção de energia.
A tecnologia CLC não comente realiza a captação do CO₂, como ainda diminui de maneira drástica a emissão de óxidos de nitrogênio (NOₓ), um dos responsáveis pela poluição da atmosfera. Dessa maneira, além de ser mais eficaz, essa tecnologia tem mais segurança para o meio ambiente e para a nossa saúde.