A Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) anunciou que 18 cidades tiveram o abastecimento de água interrompido por causa do solo saturado, podendo causar acidentes e danos às tubulações. Em outros locais, os problemas são a falta de energia elétrica, qualidade baixa de água e o risco de inundação. De acordo com a Compesa, as dificuldades causadas pelo período chuvoso suspenderam 15 sistemas de abastecimento. Ao menos sete pessoas acabaram falecendo nos últimos dois dias na Região Metropolitana do Recife.
A empresa ativou o Protocolo de Segurança de Abastecimento de Água, afetando sete municípios: Recife, Camaragibe, Abreu e Lima, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Goiana e Paulista.
O COP (Centro de Operações do Recife) inseriu a capital de Pernambuco em estado de atenção devido ad chuvas na manhã da última quarta-feira, 5 de fevereiro. Em estado de atenção, as chuvas normalmente variam de moderadas a fortes, podendo causar grandes alagamentos. O estágio anterior é o estado de alerta, onde existem precipitações fortes. Se ocorrer tempestades ou grandes incêndios, o estado de emergência poderá ser decretado. Em estado de calamidade pública, existe um número de mortes alto.
O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu, na última quarta-feira, um alerta vermelho em toda a faixa do litoral de Pernambuco e parte de Alagoas. A nota, com nível de severidade de “grande perigo”, projeta uma chuva maior que 100 milímetros durante o dia e ventos superior a 100 km/h.
Como funciona os estados de alerta e/ou atenção
Quando as entidades precisam decretar o alerta amarelo, quer dizer que há “perigo potencial”, com chuvas variando de 20 e 30 mm por hora (mm/h) ou até 50 mm por dia (mm/d), além dos ventos entre 40 km/h e 60 km/h. Nesse estado, o risco de falhas em energia elétrica, quebra de galhos e árvores, enchentes e choques elétricos é menor.
No alerta laranja, existe “perigo” em certas áreas, com chuvas variando de 30 mm/h e 60 mm/h ou entre 50 mm/d e 100 mm/d, além dos ventos com intensidade de 60 km/h a 100 km/h. Nesse estado, há um real risco de falhas de eletricidade, quebras de árvores, enchentes e choques elétricos.
No alerta vermelho, há um “grande perigo”, com chuvas superiores a 60 mm/h ou maior que 100 mm/d. Existe um sério risco de grandes enchentes, transbordamento de rios e deslizamentos de encostas.