Conhecidos como “Earth Tubes”, os trocadores de calor solo e ar, que também é visto como um ar-condicionado milenar, são uma tecnologia passiva para aquecer e resfriar que usa a temperatura relativamente contínua do solo para climatização de ambientes de maneira sustentável e eficiente.
Esta solução tem captado o foco do Brasil por causa da alta demanda por práticas sustentáveis e pela necessidade de diminuir o consumo de energia elétrica em edifícios.
Segundo a LABEEE (Laboratório de Eficiência Energética em Edificações) da Universidade de Santa Catarina, o uso do solo como regulador térmico não é uma novidade.
Esse sistema já era utilizado por civilizações antigas
Antigas civilizações, como os persas, utilizavam túneis subterrâneos para o resfriamento de edifícios ao longo dos verões muito quentes.
Na Europa, na Idade Média, sistemas de ventilação subterrânea foram criados para o controle da temperatura das adegas.
Com a tecnologia avançando, o conceito evoluiu para sistemas mais avançados para trocas térmicas entre o ar e o solo, sendo utilizados em países com climas extremos, como Alemanha, França e Estados Unidos.
No Brasil, a ideia de instalar esse tipo de sistemas é mais recente, porém ganhou destaque ao passo que arquitetos e engenheiros procuram alternativas que combinem conforto térmico e eficiência energética.
Pesquisas realizadas por universidades e instituições de pesquisa ressaltam o potencial de aplicação em várias regiões do país.
A necessidade construir um sistema mais sustentável estimula essa tecnologia como uma solução para edificações comerciais e residenciais.
O princípio de funcionamento dos Earth Tubes se baseia no uso da temperatura do solo, que se fica constante durante o ano, com aproximadamente 20°C a 25°C no Brasil, a depender da profundidade e da região geográfica.
O sistema contempla tubos que ficam a uma profundidade entre 1,5 e 3 metros, em que a variação térmica do ambiente é bem menor.
O ar externo é encaminhado por esses tubos, trocando calor com o solo.