Os alertas de eventos naturais e/ou tragédias no Brasil alcançaram um novo recorde em 2024. Foram 3.620 desastres de janeiro a dezembro, um aumento de 5,7% em relação ao ano anterior, quando ocorreram 3.425 desastres, de acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
As ocorrências ocorreram principalmente nas principais regiões metropolitanas do país, como São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador.
Dentre os alertas emitidos em 2024, 47% eram de risco geológico, que aconteceram sobretudo associados a processos geodinâmicos, como deslizamentos pontuais. Os outros 53% foram relacionados a riscos hidrológicos, como enxurradas e transbordamentos de rios e córregos.
As cidades que mais receberam alertas foram: Manaus: 50;
Belo Horizonte: 41;
e São Paulo: 41.
Em relação às ocorrências em si, a situação foi relativamente estável. Foram 1.690 desastres registrados pelo Cemaden ano passado, em comparação com os 1.698 em 2023. Foi uma redução de 0,5% em 1 ano. Desses alertas, 68% foram hidrológicas e 32% geológicas.
Petrópolis, no Rio de Janeiro, foi líder em alertas correspondendo a 44, devido às chuvas fortes que ocorreram no 1º semestre, deixando o município em situação de emergência, e por causa dos deslizamentos que acontecem repetidamente na região ano após ano. Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul reportou 21 ocorrências. O Rio Grande do Sul também foi bastante afetado pelas chuvas em 2024, porém todas as ocorrências foram classificadas como desastre.
Perdas econômicas no Brasil em 2024 por causa dos desastres naturais
O Brasil reportou perdas econômicas de US$ 6,4 bilhões causadas por causa de desastres naturais entre janeiro e setembro deste ano, de acordo com o Global Catastrophe Recap Report, divulgado pela Aon na última segunda-feira, 2 de dezembro. O valor corresponde a uma queda de 57% em relação com o mesmo período de 2023, quando a seca na bacia do Rio da Prata provocou prejuízos maiores que US$ 10 bilhões.