O Brasil atingiu, na última terça-feira, dia 3 de novembro de 2024, um recorde de geração média horária de energia eólica, alcançando 23.699 megawatts médios (MWmed). No dia 4, quarta-feira, um novo recorde foi atingido, desta vez de geração média diária, com 18.976 MWmed. Os números foram anunciados na última segunda-feira, 9 de dezembro, pelo MME (Ministério de Minas e Energia).
De acordo com a pasta, esses resultados “destacam o avanço da energia eólica como uma fonte essencial para a matriz energética do país”, fortalecendo o papel dessa tecnologia no fornecimento sustentável de energia.
As condições meteorológicas favoráveis estimularam a ampliação da infraestrutura de parques eólicos, em especial na Região Nordeste, responsável por grande parte do crescimento no Brasil, de acordo com o ministério.
O MME também enfatiza que esses recordes reforçam o impacto positivo das políticas públicas de incentivo às tecnologias renováveis e ressaltam o compromisso do Brasil com a transição energética, se alinhando aos objetivos globais de sustentabilidade. “Os resultados geram também perspectivas econômicas otimistas, uma vez que a energia limpa atrai novos investidores, reduz a dependência de combustíveis fósseis e gera emprego e renda para a sociedade.”
Hoje, a capacidade total instalada de usinas eólicas no Brasil é aproximadamente 33 mil megawatts (MW), correspondendo a cerca de 13,5% da matriz elétrica nacional, de acordo com dados do Sistema de Informações de Geração, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), também disponibilizados pelo MME.
Benefícios da energia eólica
De acordo com o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), o Brasil enfrentou o pior período de evolução temporal da seca, e a energia eólica ajudou a preservar os reservatórios hidrelétricos, por causa dos períodos de seca verificados neste ano. “Ao consolidar-se como uma referência mundial em energia renovável, o Brasil reafirma sua liderança no setor, demonstrando que a energia dos ventos é uma fonte inesgotável de progresso e desenvolvimento sustentável”, disse o MME.