A transição energética, estimula pela crescente conscientização em relação as mudanças climáticas e a procura por fontes de energia renováveis e sustentáveis, está transformando de maneira profunda o cenário econômico global. As expectativas do mercado e dos investidores relacionadas as empresas que são líderes nessa transformação estão cada vez mais altas e exigentes.
A transição energética alcançou um recorde de investimento de US$ 1,8 trilhão em 2023, de acordo com o relatório Energy Transition Investment Trends 2024, da Bloomberg NEF. Nesse cenário, mesmo que a China ainda seja o maior mercado e a Europa seja responsável pelo crescimento mais acelerado, o Brasil tamném é destaque entre os 10 países que mais investem em transição energética, lado a lado com Japão e Índia, cada um com aportes superiores a US$ 30 bilhões.
Estratégias em geração de energia renovável
O cenário nacional é marcado por uma movimentação considerável das empresas e setores em relação a adaptação para a energia sustentável. As empresas eletrointensivas têm anunciado novas estratégias, como investimentos em ampliação de geração de energia renovável e diversificação dos negócios.
Essa movimentação vem sendo estimulada por dois principais fatores: em primeiro lugar, eventos climáticos extremos, como as secas na Amazônia e enchentes no Sul, que fortalecem a necessidade de soluções sustentáveis para combater o desequilíbrio ambiental; em segundo, o uso crescente da IA (inteligência artificial), que expande a demanda por energia, principalmente em armazenamento de dados, criando desafios para a sustentabilidade.
A chefe global de transição energética na BloombergNEF, Luiza Demôro, afirmou recentemente que o Brasil tem potencial para se tornar um dos maiores países em termos de suprimento de mercado de carbono. Existem várias razões para acreditar numa excelente janela de oportunidades para investimentos e inovação nesse setor. Por exemplo, neste ano, tivemos a criação da Política Nacional de Transição Energética (PNTE) pelo governo federal, com o propósito de coordenar e apoiar as grandes iniciativas nacionais para fortalecer a economia verde, com projeção para receber R$ 2 trilhões em investimentos ao longo de uma década.