O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou, em discurso no Plenário na quarta-feira, 27 de novembro, os bloqueios impostos à exploração de recursos naturais na Amazônia. Ele ressaltou que, enquanto brasileiros enfrentam limitações, empresas chinesas são livres para explorar reservas minerais no país.
O parlamentar criticou a venda de uma reserva de urânio situada em Presidente Figueiredo, Amazonas, para a estatal chinesa Nonferrous Trade (CNT). Ele disse que a compra da reserva, com potencial estratégico para a indústria bélica e usinas nucleares, aconteceu sem impedimentos.
“Estamos lá impedidos, com cadeados ambientais que nos escravizam e que nos prendem, porque sempre esbarramos nas ONGs. Sempre esbarramos na ministra Marina Silva, a serviço das ONGs, e, de repente, os chineses compram a maior mina de urânio do Brasil. Vão beneficiar urânio no Amazonas, perto de Manaus, no município de Presidente Figueiredo, que vive do turismo, que vive das suas 160 e poucas cachoeiras, e ninguém fala nada. Por quê? O que há aí? Um compromisso? Um conluio? Uma perseguição àquilo que a gente pode ou não pode fazer?”, protestou Valério.
Exploração de gás natural paralisada por causa de ONGs
O senador ressaltou que a exploração de potássio e gás natural na região está interrompida por decisão do Ministério Público Federal (MPF), que, de acordo com ele, atende a pressões de ONGs. O parlamentar afirmou que a exploração do minério em Autazes (AM) poderia diminuir a dependência brasileira de importações da Ucrânia e do Canadá, justificando que as restrições prejudicam o desenvolvimento do país e favorecem interesses de outras nações.
“Hoje 63% da população vive abaixo da linha de pobreza, não tem R$ 11 por dia para se autossustentar. E nós não podemos explorar nada, nós não podemos viver de nada, dos bens naturais que Deus nos concedeu? O homem pensa que é dele. Esses bens naturais são nossos, dados pelo poder divino, mas a gente não pode, porque há esse conluio que nós mostramos na CPI das ONGs. Eles não nos deixam evoluir” afirmou o senador.