A bandeira tarifária na conta de luz para o mês de dezembro voltou a cor verde no último domingo, 1 de dezembro, retornando ao mesmo patamar que estava em agosto de 2024, causando um pouco de alívio para o bolso dos consumidores.
Com a bandeira verde, não vai haver valor extra cobrado nas tarifas de energia elétrica. A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) disse que o acionamento da tarifa mais barata é devido “às boas condições de geração de energia hidrelétrica, com custo menor de produção”.
Mês passado, a bandeira acionada foi a amarela, que é o nível intermediário na estrutura tarifária, aumentando quando há menos água nos reservatórios das usinas hidrelétricas.
“Após a vigência da bandeira amarela em novembro, a expressiva melhora das condições de geração de energia no país permitiu a mudança para a bandeira verde em dezembro, deixando-se de cobrar o adicional de R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos”, disse a Aneel em nota.
A agência reguladora ressaltou que o período de chuvas mais intenso “favoreceu a geração de energia hidrelétrica, com custo de geração inferior ao de fontes termelétricas”, que só são acionadas quando os níveis dos reservatórios estão baixos.
Sistema de bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi desenvolvido pela Aneel em 2015. Ele é um mecanismo que aponta aos consumidores a situação dos custos da geração de energia no Brasil considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, assim como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
Antes das bandeiras, as variações que aconteciam nos custos de geração de energia, para mais ou para menos, só eram repassados até um ano depois, no reajuste tarifário seguinte.
Para Sandoval Feitosa, o diretor-geral da Aneel, “o sistema de bandeiras se consolidou no Brasil como uma forma democrática de o setor elétrico dialogar com a sociedade sobre o consumo eficiente e o custo da energia”.