A companhia chinesa China Nonferrous Trade (CNT) adquiriu a Mineração Taboca, que atua na exploração de estanho no Amazonas por US$ 340 milhões, em torno de R$ 2 bilhões. A CNT é uma subsidiária, pertencente ao governo chinês.
O mineral é encontrado associado ao urânio em baixo teor, isto é, em quantidade insuficiente para venda, de acordo com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A operação, firmada pela Minsur S.A, uma empresa peruana que controla a Taboca, foi informada no dia 26 de novembro ao governo do Amazonas.
Na nota, a empresa afirma que naquela terça transferiu 100% de suas ações aos chineses. “Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca”, diz a note.
A Taboca faz a exploração de estanho na mina de Pitinga, situada no município amazonense de Presidente Figueiredo. Ricardo Gutterres, assessor da Diretoria de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, disse que a mina é exclusivamente de estanho, e minerais nucleares como o urânio podem ser detectados, porém em baixas quantidades e sem relevância de comercialização.
“Esse material fica no próprio rejeito da mina”, disse. “A negociação (entre a CNT e a Minsur) não é em torno da venda de uma reserva de urânio, que é monopólio federal.”
“Este novo momento é estratégico e constitui uma oportunidade de crescimento para a Mineração Taboca, pois permitirá que ela tenha acesso a novas tecnologias para se tornar mais competitiva e ampliar sua visão e capacidade produtiva”, disse a empresa.
A China Nonferrous Mining Co., uma das maiores companhias do estado e produtoras de cobre do mundo, com foco em mineração, processamento, hidrometalurgia, fundição pirometalúrgica e vendas, com operações consideráveis na Zâmbia, na África.
A Mineração Taboca foi conhecida pela descoberta da mina em 1979, localizada na Vila Balbina, a 300 km de Manaus.
A companhia explora cassiterita, nióbio e tântalo e produz estanho refinado do Brasil.