O Brasil acabou de ultrapassar a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar. O país se tornou o sexto a atingir esse nível, se juntando aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão.
Os dados foram divulgados na última terça-feira, 26 de novembro, pela ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica). Relacionado ao tamanho dos sistemas de geração, a geração de energia solar própria através de pequenos e médios sistemas lidera com 33,5 GW de potência instalada. As grandes usinas solares correspondem a 16,5 GW.
De janeiro a outubro, 119 usinas solares foram instaladas no país, que adicionaram 4,54 GW de potência elétrica fiscalizada no Brasil. Os dados pertencem ao Ministério de Minas e Energia (MME) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Por evidenciar a potência efetivamente instalada, a potência fiscalizada é um pouco abaixo da potência outorgada pela agência reguladora.
Porcentagem da energia solar na matriz energética brasileira
De acordo com a Absolar, a fonte solar corresponde a 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, se posicionando em segundo lugar entre os sistemas disponíveis e só ficando atrás da energia hidrelétrica. Essa divisão leva em consideração a potência operacional instalada, não o consumo no sistema elétrico.
Segundo o Sistema de Informações de Geração da Aneel, a energia solar corresponde a 7,94% da potência elétrica fiscalizada no país. Contudo, esse percentual registra apenas os 16,5 GW gerados por usinas solares.
Segundo a ABSOLAR, desde 2012, a energia solar obteve investimentos de R$ 229,7 bilhões no Brasil resultando na arrecadação de R$ 71 bilhões aos cofres públicos. Essa fonte de energia evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico no país.
No entanto, o órgão, critica o aumento de 9,6% para 25% do Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares. A medida foi aprovada pelo Gecex-Camex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior).