Minas Gerais, líder no mercado de energia solar, alcançou, em novembro, a marca de 10GW de potência fiscalizada nesse segmento. A capacidade ultrapassa a produção das três maiores geradoras de energia elétrica de combustível fóssil em operação no Brasil. Petrobras, Eneva e UTE GNA I que, juntas, chegam a 8,5 GW.
Segundo o governo do estado, a capacidade de energia solar produzida pode evitar a emissão de aproximadamente 13,5 mil toneladas de CO₂ (dióxido de carbono) por ano, em comparação com o carvão, equivalendo à retirada de mais de 7 milhões veículos de circulação.
Inclusive, as metas intermediárias de descarbonização foram oficializadas pelo Executivo ao longo da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP29), no Azerbaijão, onde o governo brasileiro se comprometeu a diminuir em 30% das emissões líquidas de CO2 até 2030.
Hoje, Minas Gerais possui cerca de 320 mil sistemas de GD (geração distribuída) de energia solar. “Esse é o reflexo dos investimentos privados atraídos para o estado no setor, que, incentivados por políticas públicas do Governo de Minas, aumentaram de quase R$ 6 bilhões para mais de R$ 80 bilhões nos últimos seis anos”, enfatizou Fernando Passalio, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais.
Além da energia solar, vários outros setores se beneficiam com o fomento da economia verde e com a diversificação de fontes limpas. “Entre elas está a recente assinatura realizada pelo Governo de Minas de um Memorando de Entendimento (MoU) com a empresa chinesa FTXT (GWM Hydrogen) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), que prevê a cooperação para a criação de uma infraestrutura de abastecimento de caminhões movidos a hidrogênio verde que irão operar no primeiro Centro de Hidrogênio Verde do Brasil construído em Itajubá”, como informado pela Sede, em nota.
Redução de preço da energia solar
Minas Gerais foi o destaque com a maior redução de preços, registrando uma queda de 14%, o que levou o valor para R$ 2,70/Wp. Sergipe também teve uma redução considerável de 12%, seguido por Goiás (10%, para R$ 2,46/Wp). Em São Paulo, o valor reduziu 8%, chegando a R$ 2,43/Wp, e Alagoas acompanhou a mesma tendência, fechando o trimestre a R$ 2,35/Wp.