O início positivo do período de chuvas não irá afetar os planos da Eneva para a produção em suas térmicas. O Complexo Parnaíba teve despacho na primeira semana deste mês e a usina Porto de Sergipe tem o despacho programado para três semanas de dezembro. Adicionalmente, a companhia trabalha com a viabilidade de exportação para os países vizinhos.
“A chuva está se iniciando, precisamos ver se vai confirmar os volumes que foram esperados”, disse o presidente da Eneva, Lino Cançado.
Porto de Sergipe, possui 1,6 GW de capacidade instalada, e usa o gás natural liquefeito (GNL), necessita do chamado de 60 dias para operação e garantia do combustível. No Complexo Parnaíba, a Eneva está operando 1,8 GW em geração térmica a partir do gás natural próprio. Em setembro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) autorizou ações preventivas para maximizar o atendimento à ponta do SIN (Sistema Interligado Nacional), entre elas, o despacho flexível da usina.
Despachos para Argentina
Além do atendimento ao Sistema Nacional Interligado, há ainda despachos para a Argentina programados para a próxima semana. “Então, mesmo que não tenha despacho para o Sistema Interligado Nacional, a perspectiva de voltar a exportar energia para a Argentina nos meses de novembro e dezembro é uma perspectiva real e com a qual nós contamos”, comunicou o presidente da Eneva.
Portanto, desde outubro, depois do período do terceiro trimestre, o FSRU do Hub Sergipe começou a ter conexão com a malha da Transportadora Associada de Gás (TAG). Contudo, a conexão foi suspensa poucos dias após, por causa de uma detecção de problema no riser da FSRU.
De acordo com a diretoria da Eneva, o reparo do riser do FSRU deve ser finalizado em dezembro, porém o Hub Sergipe está atualmente conectado à rede, viabilizando o atendimento dos contratos e a disponibilidade da UTE Porto de Sergipe. O fornecimento do gás é feito por meio de um terminal de GNL contratado, por navio carregador de GNL que transporta gás do FSRU Nanook até o terminal contratado, e pela aquisição de volumes de gás disponível na malha.