O Brasil se posicionou como líder mundial na geração de energia renovável batendo um novo recorde esse ano. De acordo com dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), entre janeiro e outubro de 2024, a potência fiscalizada no país superou 9,3 (GW). Somente no mês passado, o país apontou um aumento de 1,5 GW na matriz elétrica brasileira. O salto de outubro foi estimulado especialmente pela entrada em operação de 39 novas usinas, maioria solar e eólica.
“Este é um marco histórico para o setor energético brasileiro. A expansão da matriz elétrica, com destaque para as fontes solar e eólica, demonstra o compromisso do nosso país com a transição energética e a sustentabilidade”, celebrou Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia.
Ainda no mês passado, a potência instalada no país superou 207 gigawatts (GW) no acumulado do ano, totalizando 256 novas usinas em 16 estados nas cinco regiões do país, conforme dados da ANEEL, com destaque para Minas Gerais (2239,34 MW), Bahia (2.171,00 MW) e Rio Grande do Norte (1.775,85 MW).
A ampliação da geração de energia renovável é estratégica para garantir uma maior segurança energética e valores mais competitivos para os clientes. Para o ministro de Minas e Energia, os resultados alcançados também fortalecem o compromisso do Brasil com o desenvolvimento sustentável e a transição para uma economia de baixo carbono. “A diversificação da matriz energética é fundamental para garantir a segurança energética do país e reduzir nossa dependência de fontes fósseis”, concluiu.
Energia solar no Brasil está mais barata
De acordo com dados mapeados no levantamento da Radar, indicador que avalia trimestralmente o custo da energia solar, realizado pela Solfácil, o valor médio da energia solar no Brasil para moradias reduziu 5% no terceiro trimestre de 2024, saindo de R$ 2,66 para R$ 2,53 por Watt-pico (Wp), em relação ao período anterior. A queda foi em função da redução no custo dos equipamentos que seguem em tendência de baixa a cada trimestre.
A queda foi ainda mais expressiva em projetos com capacidade maior que 15 kWp, que registraram uma redução de 10%. Esses sistemas, que atendem companhias e indústrias, passaram a custar R$ 2,28/Wp.
No ranking dos estados, Minas Gerais foi o destaque com a maior redução de preços, registrando uma queda de 14%, o que levou o valor para R$ 2,70/Wp. Sergipe também teve uma redução considerável de 12%, seguido por Goiás (10%, para R$ 2,46/Wp). Em São Paulo, o valor reduziu 8%, chegando a R$ 2,43/Wp, e Alagoas acompanhou a mesma tendência, fechando o trimestre a R$ 2,35/Wp.