O segmento de energias renováveis do Ceará ainda está recebendo investimentos robustos. Dois novos projetos de parques solares, um localizado na região serrana e outro no sertão central, receberam aprovação do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema).
Juntos, os empreendimentos somam R$ 1,36 bilhão em investimento previsto.
Os dois projetos vão ocupar áreas de quatro municípios. O maior deles, o Complexo Fotovoltaico Tianguá será construído em Tianguá e Ubajara.
O parque irá ter um investimento de R$ 890 milhões, em um espaço de 508 hectares. A capacidade de produção de energia estimada é de 250 MW.
O segundo complexo solar vai ficar em Quixadá e Ibaretama. O empreendimento, chamado de Timbaúba, com capacidade para 156 MW, prevê R$ 474 milhões em investimentos, com estimativa de gerar 350 empregos durante o pico das obras.
Em um espaço de 366 hectares de área, o projeto irá contemplar quatro usinas solares.
As consultorias ambientais responsáveis pelas obras detalharam ao Coema as características dos projetos e a metodologia utilizada nos Estudos de Impacto Ambiental e no Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima).
A próxima fase deve ser o começo da implementação dos projetos.
Energia solar tem seu custo reduzido em 2024
De acordo com dados mapeados no levantamento da Radar, indicador que avalia trimestralmente o custo da energia solar, realizado pela Solfácil, o valor médio da energia solar no Brasil para moradias reduziu 5% no terceiro trimestre de 2024, saindo de R$ 2,66 para R$ 2,53 por Watt-pico (Wp), em relação ao período anterior. A queda foi em função da redução no custo dos equipamentos que seguem em tendência de baixa a cada trimestre.
A queda foi ainda mais expressiva em projetos com capacidade maior que 15 kWp, que registraram uma redução de 10%. Esses sistemas, que atendem companhias e indústrias, passaram a custar R$ 2,28/Wp.
No ranking dos estados, Minas Gerais foi o destaque com a maior redução de preços, registrando uma queda de 14%, o que levou o valor para R$ 2,70/Wp. Sergipe também teve uma redução considerável de 12%, seguido por Goiás (10%, para R$ 2,46/Wp). Em São Paulo, o valor reduziu 8%, chegando a R$ 2,43/Wp, e Alagoas acompanhou a mesma tendência, fechando o trimestre a R$ 2,35/Wp.