Com a lei de Combustível do Futuro, em torno de 1,6 bilhão de litros de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) irão ser produzidos no Brasil a partir de 2027.
A projeção é do Ministério de Minas e Energia e de companhias que estão se preparando para comercializar o combustível no país.
Hoje, não há produção de combustível sustentável de aviação por nenhuma companhia brasileira. Com o objetivo de atender o mercado nacional e internacional, empresas estão investindo na construção de plantas de SAF no Brasil.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, os investimentos no setor alcançarão R$17,5 bilhões até 2027. Existem quatro empresas apostando no combustível renovável de aviação no Brasil:
- Acelen (macaúba): 1 bilhão de litros por ano;
- Raízen (etanol): as estimativas não foram divulgadas;
- Petrobras (soja): 314,8 mil litros por ano;
- BBF (palma): 250 mil litros por ano.
Redução das emissões de gases de efeito estufa por meio de combustíveis sustentáveis
Os operadores aéreos vão ser obrigados a diminuir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos através do uso do combustível sustentável de aviação a partir de 2027. As metas vão iniciar com 1% de redução e crescem gradativamente até alcançar 10% em 2037.
A análise das empresas aéreas Azul e Gol é de que uma única empresa de combustível não vai ser capaz de abastecer sozinha a demanda brasileira por SAF em 2027.
Por este motivo, a projeção é de que irá ser necessário comprar combustível de diversas fontes para cumprir a legislação.
Já a Latam entende que é necessário considerar a aquisição por meios alternativos para a descarbonização do setor aéreo, frente ao estágio inicial de desenvolvimento da produção de SAF na América Latina.
Segundo com Raquel Argentino, gerente de Sustentabilidade e Impacto Social da Latam Brasil, a companhia aérea pretende incorporar 5% de combustível sustentável de aviação em suas operações até 2030, preferenciando à produção da América do Sul.
“Atualmente, a quantidade de SAF no mundo é limitada e seu custo é elevado. Na América do Sul, o acesso a esse combustível representa um dos principais desafios para a descarbonização da indústria”, afirmou Raquel.
Eduardo Calderon, o diretor do CCO da Gol, diz que a empresa cumprirá a lei à risca, diminuindo as emissões em 1% a partir de 2027.