A Neoenergia anunciou na última segunda-feira, 11 de novembro, que assinou acordo com subsidiárias da CCR para autoproduzir energia eólica, o primeiro do tipo acordado pelo grupo de infraestrutura de mobilidade e que vai atender 60% da demanda de energia da empresa.
A colaboração, assinada com as companhias da CCR que operam linhas do metrô e da CPTM de São Paulo, contempla a venda, pela Neoenergia, de ações minoritárias em parques eólicos do complexo Oitis, situado no Piauí, pelo preço de 21,7 milhões de reais.
De acordo com as empresas, 44 megawatts-médios (MWm) da produção de Oitis irão ser direcionados para o consumo de energia das subsidiárias da CCR pelo prazo de 16 anos, com produção iniciando em janeiro de 2025.
Autoprodução de energia vem ganhando espaço no Brasil
Projetos de autoprodução de energia estão ganhando cada vez mais espaço entre grandes companhias que querem descarbonizar suas operações no Brasil. Pelo modalidade, o cliente de energia adquiri participações ou investe em uma usina junto com a companhia elétrica, se tornando um autoprodutor. Dessa forma, garante alguns incentivos que diminuem seus gastos com o insumo, como descontos e isenção do pagamento de encargos setoriais.
A CCR disse que esse acordo reflete seu compromisso de ter todos os seus ativos abastecidos por fontes renováveis de energia até o ano que vem, propósito que foi alcançado já em 2924 com medidas como migração para o mercado livre de energia, compra de certificados de energia renovável (IRECs) e investimentos em geração solar distribuída.
Já para a Neoenergia, o negócio dar garantia de estabilidade de receita a longo prazo com “adequada rentabilidade”, e fortalece a estratégia de investimentos em um parque gerador renovável, afirmou o diretor executivo de Negócios Liberalizados da companhia elétrica, Hugo Nunes, em nota.
O término da operação está sujeito à aprovação de entidades competentes, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).