O governo está trabalhando com a expectativa de que a conta de luz fique com a bandeira verde no mês de dezembro, depois de três com cobranças adicionais. No entanto, a decisão depende da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
O cenário é que a chegada do período de chuvas trouxe mais conforto para os reservatórios, mesmo que ainda precise ser monitorado o aumento nas temperaturas de fim de ano e o maior consumo de energia através de eletrodomésticos, como o ar-condicionado.
A bandeira verde durou de abril de 2022 até julho de 2024, quando foi interrompida com o acionamento do nível amarelo. Em agosto, retornou ao verde. Em setembro, foi acionada a vermelha patamar 1. Em outubro, vermelha patamar 2. Em novembro, amarela.
As estimativas para inflação podem sofrer alívio se a bandeira realmente ficar verde em dezembro. Hoje, o Banco Central leva em consideração em seu cenário de referência que a bandeira amarela vai ser aplicada no mês.
Ao divulgar o nível amarelo em novembro, a Aneel disse que apesar da melhora das condições de produção de energia no país, as previsões de chuvas e vazões nas regiões dos reservatórios ainda estar abaixo da média, “indicando a necessidade de geração termelétrica complementar para atender os consumidores”.
Dessa forma, a cobrança extra que foi aplicada é de R$ 1,885 a cada 100 kWh (quilowatts-hora). A medida é válida para todos os consumidores de energia conectados ao SIN (Sistema Interligado Nacional).
Bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi desenvolvido em 2015 para apontar aos clientes os custos da geração de energia no Brasil. Ele indica o custo variável da produção de energia levando em consideração fatores como a disponibilidade de água, o uso das fontes renováveis e o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.
A ideia é anunciar de forma mais imediata ao consumidor os eventuais acréscimos na geração de energia, dando transparência e impulsionado um consumo consciente.