Um reator nuclear japonês que retomou o funcionamento na semana passada, pela primeira vez depois de 13 anos, após o desastre de 2011 na central de Fukushima, foi encerrado na última segunda-feira, 04 de novembro, anunciou o operador.
O reator n.º 2 da central nuclear de Onagawa, na costa norte do Japão, voltou a funcionar em 29 de outubro e tinha previsão de que começasse a produzir energia no início de novembro.
Contudo, teve que ser encerrado novamente por causa de uma falha ocorrida, no domingo, em um dispositivo relacionado com os dados de neutrões no interior do reator, apontou o operador da central, a Tohoku Electric Power Co.
A empresa declarou que decidiu encerrar para reexaminar o equipamento e responder às preocupações de segurança dos residentes. Uma nova data para o reinício da atividade não foi divulgada.
O reator é um dos três da central de Onagawa, que fica 100 quilómetros ao norte da central de Fukushima Daiichi, onde três reatores derreteram por causa de um sismo de magnitude 9 e de um tsunami em março de 2011, liberando grandes quantidades de radiação.
A central de Onagawa foi afetada por tsunami de 13 metros desencadeado pelo sismo, porém manteve os sistemas de arrefecimento fundamentais funcionando nos três reatores e proceder ao fechamento destes em segurança.
Depois da catástrofe de Fukushima, todas as 54 centrais nucleares comerciais do Japão foram fechadas para serem verificadas para garantir melhorias na segurança. O reator n.º 2 foi o 13.º dos 33 ainda sendo utilizados.
Em 2023, o Governo do Japão criou um plano para maximizar o uso de energia nuclear e está tentando acelerar o arranque dos reatores garantindo um fornecimento estável de energia e cumprindo com o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050.
A preocupação com o estimula dado pelo Governo à energia nuclear cresceu após um sismo de magnitude 7,5 ter atingido a península de Noto (centro) a 01 de janeiro de 2024. Mais de 400 pessoas faleceram e em torno de 100 mil estruturas foram danificadas.