A transição da matriz energética brasileira já é uma realidade. De acordo com especialistas presentes na última terça-feira, 29 de outubro, no Lide Brazil Conference London, evento promovido pelo Lide, UOL e Folha de S.Paulo, o Brasil está caminhando para se tornar uma potência global na produção de energia limpa nos próximos anos.
Brasil possui “posição privilegiada” para renováveis. A head de Energy Transition Global da Bloomberg NEF, Luiza Demôro, disse que a energia elétrica é o setor que mais depende da transição energética e analisa que o Brasil se beneficia em meio ao ambiente adverso de outros países.
“Muitos países vão ter que fazer uma transição e retirar carvão e gás, enquanto no Brasil vemos geração hidro, solar e eólica. O primeiro passo da nossa transição já foi feito, e ele nos coloca em uma posição muito privilegiada”, disse Luiza Demôro.
Geração de energia eólica
Geração líquida das turbinas eólicas tem variedade entre 50% e 60%. CEO da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum, enfatiza que a fonte corresponde a segunda fonte de geração nacional, atrás somente das hidrelétricas. “Nós temos os melhores ventos do mundo para a produção de energia eólica”, reforçou. “Crescemos virtuosamente nos últimos 10 anos, e vamos crescer muito mais nos próximos 10, 20, 30 anos”, concluímos.
“Se a gente instalar a mesma turbina eólica no Brasil e na China, o Brasil consegue gerar com a mesma turbina quase o dobro que a China”, disse Luiza.
Gannoum fez cobranças ao Congresso para o avanço da transição. De acordo com a CEO da ABEEólica, os parlamentares direcionar o olhar para o mundo para criar leis mais modernas e atrair investimentos. “Nós temos que pensar nos pilares da bioeconomia e mineração, e o Congresso tem um papel relevante, porque os Estado Unidos e os países europeus têm recursos do Estado para fazer investimentos”, destacou.
“A cada R$ 1 que investimos em energia eólica, retornamos R$ 2,9 para a economia brasileira”, disse Elbia.