No decorrer do LIDE Brazil Conference, realizado na última terça-feira, 29 de outubro, em Londres, Hélio Costa, o presidente do conselho de administração da Light, representando o investidor Nelson Tanure, alertou em relação aos impactos da crise climática e energética.
Em seu discurso, ele destacou que, sem uma rápida transição para fontes limpas, uma extrema redução nas emissões de dióxido de carbono, as regiões mais produtivas do país e do mundo podem enfrentar desertificação nos próximos anos. “Em 50 anos, nossas regiões mais produtivas serão um deserto”, declarou Costa, enfatizando as consequências devastadoras da inação climática.
Costa destacou o importante papel do Brasil na geração de energia renovável no combate às emissões de carbono, reforçando o compromisso da Light, que irá completar 120 anos em 2025. “A Light representa 98% de energia limpa em suas usinas, e, junto com outras empresas hidroelétricas, eólicas e solares no Brasil, colocamos o país numa posição privilegiada como líder em geração de energia sustentável”, disse, enfatizando a responsabilidade do Brasil como o “pulmão e celeiro do mundo”.
Impacto das emissões de carbono
Ao longo de sua fala, o presidente da Light apresentou dados alarmantes sobre o impacto das emissões: “São 50 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera todos os anos; uma fração dessa quantidade levará 10 mil anos para ser removida.” Ele enfatizando a urgência de medidas que promovam o uso de energia solar, eólica e novas tecnologias, como os projetos de energia com ondas marítimas e reatores nucleares com urânio não enriquecido, amparado por personalidades como Bill Gates.
“Ou reduzimos a zero as nossas emissões de carbono, ou o planeta não resiste”, declarou Costa. Ele concluiu eu discurso alertando que, se o cenário não se alterar, “as regiões mais produtivas do Brasil, da Europa e dos Estados Unidos enfrentarão desertificação, colocando em risco a segurança alimentar e a própria sobrevivência humana.”