De acordo com os dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo de eletricidade no Brasil aumentou 3,2% em setembro na comparação anual, alcançando os 71.429 MW médios. No mercado cativo, em que os clientes são atendidos pelas distribuidoras, houve um crescimento de 2,8% no comparativo anual, a 42.970 MW médios.
Em sua pesquisa, a CCEE indica que o resultado é explicado pelas temperaturas acima da média e o baixo volume de chuvas na maior parte do país, um panorama que intensificou o uso de eletrodomésticos como ar-condicionado e ventiladores.
No mercado livre de energia, o aumento em setembro foi de 3,8%, a 28.459 MW médios, impulsionado pelo bom desempenho econômico em 11 dos 15 setores de atividade avaliados pela câmara de comercialização.
De acordo com a CCEE, houve um aumento de 7,6% no consumo de energia elétrica na área de saneamento, seguido por 7,5% no setor madeira, papel e celulose e 6,5% na extração de minerais metálicos.
Entre os segmentos que tiveram uma redução estão comércio (-0,1%), químicos (-1,5%), transportes (-2,8%) e telecomunicações (-3,8%).
O Espírito Santo terminou setembro com o maior aumento no consumo, de 15,1% em relação ao mesmo período do ano passado, seguido pelo Maranhão (10,4%) e Amazonas (9,8%). O crescimento é um reflexo do impacto dos dias quentes na maior parte do mês de setembro.
Com dia mais frios e com chuvas, a demanda de energia do Amapá reduziu 12,3%, e a retração no consumo também foi registrada em quase todo o Nordeste.
Comercializadoras responsáveis por energia elétrica
De acordo com dados da consultoria Thunders, baseado nas informações mais recentes divulgadas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), as 20 maiores comercializadoras de energia do país são responsáveis por negociar cerca de 51,77% do volume de energia total do mercado livre na média dos meses de julho de 2023 a julho de 2024.
As distribuidoras com maior volume negociado nesse período foram a Raízen Power, com 3.748,2 megawatts médios (MWm); a Auren, com 3.617,6 MWm; e o BTG Pactual, com 3.531, 3 MWm.
Mesmo com a concentração atualmente em poucas empresas, a tendência a curto prazo é de uma pulverização maior do mercado, com a entrada de novas comercializadoras. No entanto, ao longo do tempo, existe a expectativa de consolidação dessas empresas, em movimentos de fusões e aquisições.