No mês de junho, antes do apagão que atingiu a Grande São Paulo e deixou mais de 340 mil casas sem luz desde a última sexta-feira, 11 de outubro, presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia se encontraram com Flavio Cattaneo, o CEO global da Enel, durante a reunião do G7 em Fasano, na Itália.
Na ocasião, a concessionária italiana afirmou que: “[…] O governo brasileiro chegou a um acordo total com a nova gestão da Enel, para quem o Brasil é um dos países mais importantes em sua estratégia de crescimento”.
Está incluso no plano de investimentos um aporte de US$ 3,7 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) no período de 2024 a 2026 destinado nas redes elétricas no país e adaptações às mudanças climáticas.
“O Brasil está disposto a renovar o acordo [com a Enel] se eles assumirem o compromisso de investimento”, declarou Lula à época.
A sinalização foi feita meses após o outro apagão de grande escala na capital paulista, em novembro. A cidade e região metropolitana sofreram um blecaute de 4 dias, resultado do temporal registrado em várias cidades do Estado e que deixou 7 pessoas mortas.
Prejuízos em diversos setores
Um estudo da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo disse que o apagão que atingiu a região metropolitana desde a última sexta-feira, 11 de outubro, causou prejuízos de R$ 1,65 bilhão aos setores de varejo e de serviços. A falta de eletricidade ainda está afetando em torno de 250 mil residências na Grande São Paulo.
Em nota, o órgão disse que o cálculo foi baseado nas perdas brutas, isto é, o faturamento que os dois setores não registraram no período do blecaute.
“Esse valor deverá ser maior, porque a empresa responsável pela distribuição de energia, a Enel, ainda não forneceu respostas concretas sobre o retorno do serviço à totalidade dos imóveis que dependem da rede”, informou a entidade.