Desde 2021 que é mais difícil zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050 e limitar o aquecimento global em 1.5°C. Ainda é uma meta possível, como aponta o estudo publicado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). De acordo com o Portal Solar, o relatório anunciou as quatro razões para acreditar que essa missão segue possível e quatro áreas que exigem ações urgentes.
Quatro razões para acreditar que será possível limitar o aquecimento global:
1. As políticas de incentivo à energia limpa estão avançando
Muitos países e números cada vez maiores de empresas estão firmando compromissos de zerar emissões.
Governos de todo o mundo, principalmente entre as economias mais avançadas, enfrentaram a pandemia e a crise de energia com ações que favoreceram a geração renovável, carros elétricos, eficiência energética e outras tecnologias de energia limpa.
2. A geração de energia renovável vem avançando rapidamente
Investimentos e instalações de energia renovável têm crescido rapidamente em resposta aos sinais de mercado e incentivos financeiros estabelecidos pelos governos, com a produção em massa de tecnologias como painéis solares, turbinas eólicas e carros elétricos liderando o caminho.
3. As ferramentas para redução de emissões mais rapidamente já existem
As ações necessárias para reduzir ou zerar a curva de emissões até 2030 são maduras e testadas e, na maioria dos casos, economicamente efetivas. Mais de 80% da redução adicional de emissões necessária até o final da década vem de fontes conhecidas: aumento da capacidade instalada de renováveis, maior eficiência energética, avanço na eletrificação e corte nas emissões de metano.
4. O mundo vem encontrando respostas inovadoras
Existe uma queda significativa na dependência de tecnologias em estágio inicial de desenvolvimento para possibilitar a neutralidade de emissões em relação ao estudo anterior da IEA, publicado em 2021.
Quatro áreas que exigem atenção urgente:
1. Aumentar o investimento em energia renovável em mercados emergente e economias em desenvolvimento
O investimento em energia limpa tem que crescer mundo todo, porém o avanço mais importante e necessário é em mercados emergentes e economias em desenvolvimento. De 2015 a 2022, economias avançadas e a China responderam
2. Garantir equilibro nos investimentos, principalmente em infraestrutura
Um sistema descarbonizado não deve depender somente de energia solar, eólica e veículos elétricos. O avanço do investimento nessas soluções precisa ser complementado por redes de infraestrutura maiores, inteligentes e adaptadas, mais combustíveis de baixa emissão e tecnologias de captura e armazenamento de carbono.
3. Garantir que a transição energética seja resiliente, inclusiva e financeiramente viável
A transição energética vai exigir menos recursos naturais em relação ao sistema energético atual, considerando os combustíveis fósseis, matérias-primas e minerais críticos. Porém isso não apaga as preocupações relacionadas à segurança energética e mineral.
4. Encontrar formas de colaboração entre países
Os países vão precisar encontrar maneiras de fazer da descarbonização um esforço unificado. Isso é essencial para ampliar o fluxo financeiro para economias em desenvolvimento, para acelerar o desenvolvimento de tecnologias renováveis, para garantir um suprimento de energia acessível e para estabelecer redes de segurança em caso de disrupções.