A Petrobras comunicou na última quinta-feira, 10 de outubro, que irá construir sua primeira planta-piloto para produzir hidrogênio verde na usina termelétrica do Vale do Açu, em Alto de Rodrigues, Rio Grande do Norte. A empresa estatal anunciou que o investimento para a instalação vai ser de R$ 90 milhões.
A construção da unidade é uma colaboração com o Senai ISI-ER (Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis) e com a WEG, que irá executar as obras. A projeção é da petroleira é que a planta-piloto entre em operação no primeiro trimestre de 2026.
A Petrobras decidiu construir a planta-piloto na usina potiguar porque a unidade possui um parque destinado a produção de energia eólica. A área fotovoltaica vai ser expandida de 1,1 MWp (Megawatt pico) para 2,5 MWp, para suprir a demanda elétrica da unidade-piloto de eletrólise de 2 MW (megawatt) a ser instalada.
O hidrogênio renovável vai ser produzido através do processo de eletrólise da água com uso de energia solar, que consiste na quebra das moléculas de água por meio de uma corrente elétrica, separando o hidrogênio e oxigênio.
O hidrogênio verde produzido vai ser utilizado para a geração de energia e em estudos sobre a adição em gás natural, alimentando microturbinas nas quias o desempenho e integridade estrutural serão testados com a mistura dos dois componentes.
De acordo com Maurício Tolmasquim, o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, o projeto-piloto para produção de hidrogênio verde é essencial na estratégia da petroleira na transição energética.
“É o primeiro passo para futuras iniciativas comerciais no segmento de hidrogênio sustentável. A produção de hidrogênio renovável a partir da eletrólise da água utilizando energia solar não apenas reduz a emissão de gases de efeito estufa, como também promove o uso de recursos naturais abundantes e sustentáveis no país”, afirmou Tolmasquim.