Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, declarou na última sexta-feira, 11 de outubro, que a retomada do horário de verão vai ser decidida em reunião com integrantes do governo no 15 de outubro, quinta-feira. Falou a jornalistas após a participação no fórum internacional do grupo Esfera, realizado em Roma, na Itália.
Silveira disse que a maior importância do horário de verão é do período de 15 de outubro a 30 de novembro. Declarou ser uma política pública implementada em diversos países, “em especial nos desenvolvidos”.
Afirmou que não deve ser tratada como “questão ideológica”, como foi “no governo anterior”. Disse que no fim da medida em 2019 pode ter sido um dos fatores para, em 2021, o Brasil “quase ter chegado num colapso energético”. Na época, houve a conta de escassez hídrica, em que o governo teve que acionar as térmicas em caráter emergencial para compensar os baixos reservatórios das hidrelétricas.
“Temos energias firmes para segurar o sistema. O Brasil é um país que graças a Deus e graças ao presidente Lula, em seus primeiros mandatos, fez Belo Monte, Santo Antônio, usinas hidrelétricas que seguram o sistema. Se não fossem elas dependeriam muito mais das térmicas, o que custaria muito mais caro”, afirmou o ministro.
Silveira disse que analisa a área técnica e a imprescindibilidade da retomada do horário de verão: “Se for agora, tem que ser de imediato para que os setores se planejem. Se for decretado, não pega a eleição. Se ele for decretado, tem que ter no mínimo 20 dias para que os setores se planejem, como o aéreo e a segurança pública”.
De acordo com o ministro, a decisão vai ser ancorada em “bases técnicas e em sensibilidade política e social”. Alexandre Silveira defende o horário de verão como uma política pública e que só deve ser utilizada se for “imprescindível para assegurar energia para o Brasil e diminuir custos que não impactem mais negativamente”.
“Se houver risco energético, não interessa outro assunto a não ser fazer o horário de verão. Se não houver risco energético, aí é um custo-benefício que eu teria tranquilidade, serenidade e coragem de decidir a favor do Brasil”, concluiu Silveira.