Milhares de pessoas se reuniram em Nova York nas últimas duas semanas para os principais debates sobre climáticas durante a conhecida Climate Week e para encontros fundamentais para geopolítica global, como o Summit of the Future, que lançou recentemente o Pacto pelo Futuro, e a Assembleia Geral da ONU.
Nesses dias de cidade lotada, trânsito caótico e chefes de estado de todo o globo reunidos, entendemos a potência da inteligência artificial, que, mesmo recém-chegada, já virou protagonista.
Nesses mesmos 15 dias também foi lançado o Global Digital Compact, um pacto da ONU para a criação de uma nova governança de tecnologia e inteligência artificial. Nele estão contidos diversos compromissos e ações para aproveitar as oportunidades e reduzir os riscos da IA para o desenvolvimento sustentável e os direitos humanos.
Apesar de que nem todas as pessoas enxergam os riscos nessas ações, temos um exemplo recente: a Microsoft comunicou o acordo bilionário para a reativar uma usina nuclear exclusivamente para fornecimento de energia para seus projetos de IA (inteligência artificial).
Nos dias de hoje, a demanda crescente de energia, principalmente para data centers que treinam e gerenciam modelos de inteligência artificial, tem deixado o consumo de recursos naturais e as emissões de carbono muito intenso, o que contribui para o aumento global de gases de efeito estufa (GEE).
Em um anúncio recente, o Google revelou que, ano passado, suas emissões de gases de efeito estufam corresponderam a quase 50% a mais que a de 2019, demonstrando a necessidade energética desses centros.
Especialistas alertaram que essa a geração de energia limpa pode lidar com desafios para acompanhar esse crescimento, estimando um aumento expressivo nas emissões de GEE oriundos da tecnologia utilizada.
Por exemplo, segundo um estudo da Hugging Face, empresa especializada em machine learning (aprendizado de máquina), sistemas de IA generativa, podem consumir até 33 vezes mais energia que softwares especializados.
Outro dado surpreendente divulgado pelo Electric Power Research Institute: uma pergunta feita para o chat de IA pode consumir 10 vezes mais energia do que em um buscador como o Google Search.