Um estudo divulgado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) contendo cálculos que cimentaram a recomendação da retomada do horário de verão. A nota técnica prevê, a partir de 2026, uma futura economia para consumidores de energia de até R$ 1,8 bilhão, se o mecanismo voltar a ser recorrente. Para o verão 2023-2024, o alívio financeiro foi previsto em torno de R$ 400 milhões.
A recomendação do ONS para retomar o horário de verão ainda em 2024 foi aprovada na quinta-feira, 19 de setembro, pelo CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico). Então, foi oficialmente proposto ao governo como medida para a preservação do sistema elétrico devido ao agravamento da seca. A decisão final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo o estudo do ONS, retomar o horário de verão pode trazer uma redução de até 2,9% da demanda por energia nos horários de pico de consumo. Se for adotada ainda neste ano, a medida vai resultar em uma economia no custo da operação do sistema de aproximadamente R$ 400 milhões de outubro a fevereiro.
Próximos anos
Para os próximos anos, a entidade prevê que o horário de verão tem potencial de uma economia ainda maior, cerca de R$ 1,8 bilhão por ano. Isso devido a menor demanda nos horários de pico, o que vai reduzir o uso das “térmicas back-up”, que têm sua potência acionada no modo de reserva de capacidade.
As termelétricas foram contratadas em 2021 no 1º LRCAP (Leilão de Reserva de Capacidade na forma de potência). Entrarão em operação em 2026, quando vão ser usadas pelo sistema elétrico nas horas de pico, principalmente no início da noite.
O ONS estima que o horário de verão resultará em redução no consumo em cerca de 2 GW (gigawatt) na demanda na chamada ponta de carga noturna, período das 18h às 20h. Dessa forma, vai haver uma economia anual com o pagamento de receita fixa aos empreendimentos vencedores do leilão.