Um relatório que foi divulgado na última terça-feira, 8 de setembro, pela Forest Declaration Assessment aponta que o mundo não vai conseguir interromper e reverter o desmatamento global e a degradação florestal até 2030. Segundo a Forest Declaration Assessment, as mudanças climáticas e o uso do fogo para “limpar” terras estão estimulando a degradação.
O relatório apontou os países que mais diminuíram a degradação florestal em 2023. O Brasil desmatou cerca de 15.000 km², ficando na 10ª posição no ranking, apresentando uma redução de 9% em relação ao patamar inicial.
A Austrália apresentou a maior diminuição no índice de degradação. Somando 82% na diminuição em comparação com o patamar inicial, tendo desmatado uma área de 100 km² em 2023.
O documento afirma que as medidas para conter a degradação florestal não estão sendo suficientes. A entidade pediu a atenção de líderes mundiais para solucionar a questão.
“Reduzir o desmatamento e a degradação é um esforço contínuo, não uma conquista única. O progresso acelerado é possível se governos, atores financeiros e corporações encararem o desafio”, afirma o documento.
Metas climáticas
O relatório de metas climáticas surgiu quando líderes governamentais e empresariais se reuniram na Semana do Clima de Nova York na tentativa de impulsionar ações contra as mudanças climáticas.
Quase 200 nações na cúpula climática COP28, realizada em Dubai no ano passado, concordaram em tentar atingir zero emissões líquidas do setor de energia até 2050 e se comprometeram a triplicar a capacidade de energia renovável, como a eólica e a solar.
A IEA (Agência Internacional de Energia) disse que essa meta de energia renovável “está ao alcance graças a condições econômicas favoráveis, ao amplo potencial de produção e a políticas sólidas”, porém afirmou que a maior capacidade de energia renovável, por si só, não diminuiria o impacto dos combustíveis fósseis e os custos para os consumidores.