De acordo com a SolarEdge, a evolução do mercado solar fotovoltaico brasileiro já cria uma demanda maior por soluções mais inteligentes de gestão e armazenamento de energia. A fabricante entende que essa é uma oportunidade de crescimento no país nos segmentos de geração centralizada e distribuída ao ofertar tecnologias e equipamentos mais sofisticados em comparação aos concorrentes.
Em entrevista ao site Portal Solar, Amir Gat, o diretor-geral de mercados internacionais da SolarEdge, disse que o setor solar do Brasil está lidando com as mesmas transformações que aconteceram em mercados mais maduros, como Alemanha, Austrália e Estados Unidos.
“Eu acredito que não basta ter geração fotovoltaica em um cenário de congestionamento de rede e restrições de acesso. Isso traz demanda por mais armazenamento de energia e soluções para gerenciamento, é uma forte tendência que veremos aqui”, afirmou o executivo.
Ele afirmou que a energia solar está cada vez mais vez mais descentralizada, com gerenciamento local da produção e armazenamento. “Soma-se a isso a recarga de carros elétricos, as casas ficando cada vez mais eletrificadas, o menor uso de combustíveis fósseis e pressão por descarbonização em grandes empresas.”
Brasil como uma oportunidade de crescimento
“Com tudo isso, vemos o Brasil como uma grande oportunidade de crescimento para a SolarEdge. Estamos bem-posicionados com soluções muito inteligentes que podem atender essas necessidades muito melhor que nossos concorrentes, que tem equipamentos mais baratos e mais simples”, declarou.
Gat informa que, as mudanças regulatórias na geração distribuída fazem com que não seja mais o suficiente apenas a instalação do sistema fotovoltaico e injetar o excedente quando possível. “Nós vemos na Europa, Austrália e alguns estados dos EUA uma realidade de preços dinâmicos. Se o consumidor não tiver o controle, não tiver os dados e não se preparar para a hora certa de consumir e injetar energia, ele não terá o benefício completo.”
Outro tópico que merece atenção é relacionado a segurança de dados, principalmente em grandes usinas. “Quando você entra no campo do software, normalmente o mais barato não é bom o bastante, especialmente quando você leva em consideração a segurança. O Brasil está discutindo a regulação sobre cibersegurança, é um tema cada vez mais importante.”
Ele também fala que os projetos agrivoltaicos são uma parte interessante que precisa ser explorado “É um setor que exige gerenciamento de energia e produção de dados, além de estar em crescimento no Brasil.”