Os trilhos da ferrovia Centro-Atlântica (FCA), que se deterioraram durante muitos anos por falta de uso, podem estar perto de receber um investimento impressionante.
Gigantes do setor como a Vale e o fundo Brookfield estão cada vez mais perto de transformar essa infraestrutura, com mais de R$ 29 bilhões previstos para a renovação da concessão.
No projeto de renovação está incluso a modernização de mais de 5.725 km de trilhos, contemplando estados estratégicos para a economia, como Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.
No entanto, uma questão importante ainda está sendo debatida: alguns trechos abandonados, principalmente no Espírito Santo, têm o potencial de ressurgir com um novo propósito.
Um desses é o trajeto entre Itaboraí (RJ) e Vitória (ES), que pode ser parcialmente integrado ao projeto da EF-118, ferrovia que vai ligar Vitória ao Rio de Janeiro.
Com a renovação do contrato da ferrovia prevista para acontecer até 2026, as audiências públicas estão sendo organizadas para debater os detalhes desse grande projeto.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mesmo com a proposta de devolução de alguns trechos, como a ferrovia que passa pelo Espírito Santo, a empresa Infra S.A. está analisando o possível aproveitamento de parte dessa infraestrutura no projeto da EF-118.
Se essa ferrovia for implementada, ela não apenas revitalizaria regiões estratégicas, como também estimularia a conexão entre Vitória e o Rio de Janeiro.
Segundo alguns estudos preliminares, atualmente, a FCA movimenta em torno de 16,7 milhões de toneladas de carga nas ferrovias e mais de 16 milhões nos portos do Espírito Santo.
Mesmo com trechos sendo devolvidos, a renovação antecipada estima um investimento massivo de R$ 10 bilhões apenas no Corredor Leste, com o propósito de aumentar a capacidade de transporte de carga.
A modernização dos trilhos, aquisição de novos vagões e a resolução de conflitos urbanos são pontos fortes da renovação.