A retomada do horário de verão está praticamente certa para o mês de novembro. O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda está em busca de mais fórmulas para a economia de energia. Porém, avaliação de auxiliares do presidente é de que a medida causa menos impacto inflacionário e nenhum efeito colateral.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira se encontrou na última segunda-feira, 30 de setembro, com a ministra Cármen Lúcia, presidente do TSE, para comunicar que a implementação da medida não vai afetar as eleições, os eventuais segundos turnos são em 27 de outubro.
Nesta semana, Silveira vai ter reuniões com representantes de empresas aéreas, comércio e indústria. As aéreas estão enfrentando dificuldades para fazer todas as alterações necessárias para coordenar as escalas de voos com conexões.
O objetivo é anunciar a medida na semana que vem. Porém o governo tem receio de que a mudança prejudique candidatos aliados à gestão do presidente Lula. Dessa forma, um eventual adiamento do anúncio não está descartado.
O Ministério de Minas e Energia afirma que o horário de verão diminui o uso de energia no horário de pico. Com previsão para economizar R$ 400 milhões influenciando positivamente no crescimento do PIB.
A possibilidade da retomada do horário de verão em função das secas foi antecipada pelo portal Poder360 no dia 11 de setembro. Em uma entrevista a este jornal digital, Silveira afirmou que país enfrenta a pior seca dos últimos 94 anos e, por isso, nenhuma possibilidade pode ser descartada, incluindo o horário de verão.
O ministro também afirmou que, quando existe o risco de faltar energia, o horário de verão é totalmente necessário, porém que o panorama atual não é esse. Dessa forma, o acionamento do mecanismo depende de uma conjugação de fatores. Ele analisou que isso pode ajudar a aliviar o sistema, diluindo o pico de consumo no começo da noite, quando a fonte solar deixa de gerar.