O Diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Sandoval Feitosa, em uma entrevista concedida aos jornalistas na última quarta-feira, dia 18 de setembro, previu que o acréscimo na conta de luz vai continuar até dezembro de 2024.
Neste mês a Aneel acionou a bandeira vermelha patamar 1 nas contas de energia elétrica de todo Brasil. Inicialmente, a bandeira seria vermelha patamar 2, porém uma revisão dos custos foi feita e o grau conseguiu ser diminuído.
A bandeira tarifária quer dizer que os custos para utilizar energia elétrica vão ser elevados. Essa cobrança extra se faz necessária quando as usinas hidrelétricas são mais forçadas a trabalhar, em função do tempo seco, e o propósito é repassar os custos para a população.
Para o diretor da Aneel, a tendência é de que o preço na conta de luz dos consumidores brasileiros continue aumentando.
Sandoval Feitosa acredita que a bandeira tarifária “permaneça entre amarela e vermelha até o fim do ano”. Por consequência, os brasileiros vão ter que enfrentar cobranças extras a cada 100 quilowatts-hora consumidos (kWh).
Segundo o g1, o consumo médio em uma residência brasileira na zona urbana é em torno de 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado).
As bandeiras tarifárias foram criadas pela Aneel para tornar o entendimento sobre o acréscimo no valor das contas de luz mais dinâmico.
Com isso, cada nível de cobrança extra foi categorizado por bandeiras com diferentes cores. Iniciando pela verde, seguindo para amarela e por fim chegando na vermelha com dois graus.
Confira os valores dos acréscimos:
Bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia): sem custo extra.
Bandeira amarela (condições menos favoráveis): aumento de R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado; ou R$ 1,88 a cada 100kWh.
Bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis): aumento de R$ 44,63 por MWh utilizado; ou R$ 4,46 a cada 100 kWh (situação atual).
Bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis): R$ 78,77 por MWh utilizado; ou R$ 7,87 a cada kWh.