O Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) fez uma publicação em seu site na última segunda-feira, dia 23 de setembro, de um estudo apresentado ao governo federal na semana passada, que debate o retorno do horário de verão. Nesse estudo, o órgão calculou que vai ser possível economizar até R$ 1,8 bilhão por ano com a mudança no horário.
O ONS afirmou que o horário de verão irá reduzir o uso das usinas termelétricas, que são mais caras. De acordo com o órgão, essa redução, vai ser em torno de 2 GW (gigawatts) em horários de maior consumo de energia. Considerando o custo da energia termelétrica disponível no Brasil atualmente, essa economia chegaria a R$ 1,8 bilhão.
O órgão ainda acredita que o horário de verão vai causar uma melhora na eficiência do sistema, principalmente no período das 18h às 20h, momento em que a energia solar deixa de abastecer o sistema e o consumo nas moradias brasileiras aumenta.
Debate
Esse assunto principal foi debatido na reunião extraordinária na sede do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), no Rio de Janeiro. Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, e os representantes do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, fizeram parte da reunião que reuniu diversos órgãos do governo federal.
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República, havia acabado com o horário de verão em abril de 2019, justificando que a medida não trazia benefícios para a economia nem para os trabalhadores.
“Principalmente no horário de ponta, que é entre 18h e 21h, quando a gente está perdendo as energias solares e está entrando despacho de térmica, seria fundamental a gente ter o horário de verão. Tem um ganho econômico para o consumidor, tem menor despacho de térmicas, em torno de R$ 400 milhões, mas fundamentalmente o principal é questão da confiabilidade do sistema”, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.