Segundo informações da agência Reuters, a Fiat decidiu suspender a produção do modelo elétrico 500e em sua fábrica de Turim, na Itália, durante quatro semanas. Essa interrupção, que vai até outubro, é em função da queda nas vendas de veículos elétricos (EVs) em geral, não apenas do subcompacto da marca italiana.
O grupo responsável pela Fiat, Stellantis, justificou essa ação alegando a “atual falta de pedidos” e os desafios enfrentados pelo mercado europeu de carro elétrico.
A queda na demanda por veículos elétricos na Europa vem sendo um problema crescente para vários fabricantes. De acordo com a Stellantis, esse panorama precisa de uma administração cuidadosa, já que o setor está enfrentando uma fase crítica de transição para a mobilidade sustentável.
As montadoras que investiram pesado nos veículos elétricos estão começando a sentir o impacto dessa desaceleração nas vendas, levando várias delas a reconsiderarem suas estratégias e a olharem com mais atenção para os híbridos.
A redução na demanda pelo Fiat 500e não era esperada, levando em conta o entusiasmo inicial em torno do modelo. Quando foi lançado, o subcompacto esgotou suas primeiras unidades em apenas uma semana, o que gerou expectativas otimistas.
Contudo, as vendas não corresponderam, especialmente nos Estados Unidos, onde a Fiat vendeu apenas 204 unidades nos primeiros seis meses deste ano. A baixa adesão ao modelo corresponde a uma tendência mais ampla, onde os consumidores optam por alternativas híbridas, que ofertam maior flexibilidade frente as limitações de infraestrutura para recarga de elétricos.
Novos planos de lançamento
A Stellantis já tem planos para lançar uma nova versão do Fiat 500e com maior autonomia, com previsão para chegar ao mercado entre 2024 e 2026. Essa medida quer atrair consumidores que, até o momento, não se sentiram motivados a investir em um veículo 100% elétrico.
Enquanto a produção do Fiat 500e está temporariamente paralisada, a Stellantis também está enfrentando desafios relacionados à sua planta de Mirafiori, onde a produção reduziu nos últimos anos. Os sindicatos estão pressionando a empresa a relançar essa unidade com a introdução de um novo modelo acessível e de alto volume.