Já se passaram 30 anos desde que a abertura no mercado de energia na década de 90 começou a ser discutida o que resultou na primeira regulamentação em 2018 (Portaria MME 514/2018).
Foco inicial em grandes consumidores, o mercado de energia passou por uma mudança significativa com a Portaria nº 50/2022, ampliando o acesso de pequenas e médias empresas, como lojas, condomínios e hospitais, além do setor agrícola, a esta econômica forma de adquirir eletricidade. Essa transformação culminou em um novo cenário de oportunidades e desafios para todos os agentes envolvidos.
Se tratando de um mercado de “livre negociação”, se considerar que o perfil médio de contratação destes novos clientes é de três anos à frente, os valores negociados tiveram um aumento de 46%, e não é incomum as negociações sofrerem variações semanais na casa de R$ 20,00 a R$ 30,00 por MWh.
Questionamentos sobre o MLE
Fica a dúvida: Ainda é ideal migrar do ambiente conhecido como mercado regulado em direção ao Mercado Livre? A resposta é sim. O importante é, como em todos os ambientes de negócio, contar com planejamento, organização e experiência. É aí que entram os comercializadores, que assessoram e facilitam o ingresso no MLE (mercado livre de energia).
No Mercado Livre de Energia pode-se negociar contratos com condições e preços fixados diretamente entre as contrapartes, isto é, cabe aos compradores e vendedores negociarem, definindo quando e por quanto tanto tempo firmar contratos de compra e venda de energia, incluindo todas as fontes geradoras de energia: hídrica, solar, eólica e térmica.
No mercado livre, os consumidores têm a possibilidade de previsibilidade de custos, escolha de fonte de energia e, dependendo da inteligência de mercado, obter economia significativa, podendo chegar próxima de 25% a 30% em relação ao Ambiente de Contratação Regulada.
Para o Mercado Livre de Energia se tornar 100% viável, é necessário haver um equilíbrio entre viabilidade de negócios da geração e redução de custos para os consumidores. Os comercializadores atuam fazendo com que essa conta “feche”, reduzindo encargos, gerando resultados e beneficiando o mercado de energia.