O mercado de energia solar fotovoltaica vem atingindo cifras elevadas e contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.
A fonte fotovoltaica atraiu mais R$ 59,6 bilhões em investimentos novos ano passado para o Brasil, um aumento de 49% comparados aos investimentos acumulados até o final de 2022.
Esse resultado vem da soma da Geração Centralizada (grandes usinas) e Geração Distribuída (sistemas de geração própria), como apontado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
O estudo também traz que a fonte solar criou mais de 352 mil novos empregos verdes no Brasil e que desde 2012, quando a energia solar começou a ser popular no país, movimentou mais de R$ 181, 3 bilhões em negócios e gerou mais de 1,1 milhão de novos postos de trabalho.
Esses aspectos positivos vêm acompanhados de desafios, um deles sendo a destinação dos componentes da cadeia ao fim da sua vida útil. No caso dos painéis fotovoltaicos, isso deve ocorrer depois de 25 ou 30 anos.
Por isso, apesar de ter uma vida longa, a preocupação relacionada a cadeia de reciclagem desses materiais e as legislações específicas para o processo ainda existem.
Composição
Um módulo solar fotovoltaico é formado em sua maior parte por vidro (70%) e alumínio (18%), porém também conta com a presença de outros materiais, como polímero EVA (5,1%), silício metálico (3,65%), fluoreto de polivinila (1,5%), cobre e polímero dos cabos (1%), alumínio no condutor interno (0,53%), cobre do condutor interno (0,11%), prata e outros metais como chumbo, cádmio, estanho, mais outros (0,11%).
De acordo com a engenheira de produção e mestranda pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), com o tema “Economia Circular para Energia Solar: Reutilização de Módulos Fotovoltaicos”, Marinna Pivatto, é possível reciclar quase 100% de um módulo solar, dependendo da tecnologia usada no processo de reciclagem.
“Como se trata de um mercado novo, muitos estudos estão em andamento para implementar processos eficientes e economicamente viáveis”, destacou.