A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou os Custos Variáveis Unitários (CVUs) das usinas termelétricas Santa Cruz e Lorm, que vão ser aplicados estritamente para fins de despacho para atendimento à ponta de carga e caso o acionamento da usina pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) acontece sem uma antecedência prevista.
Publicadas no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 16 de setembro, as autorizações seguem deliberações aprovadas pelo CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétric0) no início desse mês.
A UTE Santa Cruz terá CVU de R$ 1.505,56/MWh, com validade entre o período de hoje até 1º de novembro 2024, de titularidade da Eletrobras. O mesmo prazo vale para a UTE Lorm, propriedade da Eneva do BTG Pactual, que terá CVU de R$ 1.323,09/MWh.
As duas usinas usam GNL (gás natural liquefeito), cujo despacho ordinário deverá ser realizado antecipadamente pelo ONS em 60 dias, segundo contratos vigentes, e pela possibilidade de operação desses empreendimentos com grande flexibilidade em configurações diversas.
Por causa disso, a Aneel estabelece que o ONS deve observar a disponibilidade firme de combustível na programação da UTE Santa Cruz para o próximo dia, e a Eletrobras apresentará a cópia do contrato de suprimento de combustível à Aneel imediatamente depois de sua assinatura.
Já a Eneva deve, com exceção no período de despacho da decisão do CMSE, viabilizar que seja redeclarado, para aprovação pelo ONS, os valores dos parâmetros de unit commitment térmico da UTE Lorm.
A empresa ainda deve apresentar as cópias dos contratos de suprimento (molécula e transporte) e distribuição de combustível à Aneel após a sua assinatura.
De acordo com dados publicados pelo SGB (Serviço Geológico Brasileiro) na última sexta-feira, 13 de setembro, a maioria das estações da Bacia do Amazonas apresentam níveis abaixo da faixa da normalidade.
O rio Solimões, no município de Tabatinga, registrou a mínima histórica (desde 1983) de 1,79 m. Na estação de Itapéua, a cota atual é de 2,3 m, a 3ª menor da história, atrás de 1,46 m em 2023 e de 1,3 m em 2020.
Em Rondônia, o rio Madeira chegou a 60 cm em Porto Velho, a menor cota da série histórica, desde 1967. Já na cidade de Rio Branco, o Rio Acre, está na cota de 1,28 m, a segunda mínima histórica, atrás da marca de 1,24 m, registrada em há dois anos, em 2022.