A pauta sobre o retorno do horário de verão voltou a ser discuta devido ao risco de apagões. Na última segunda-feira, 09 de setembro, tanto o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, quanto o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, apontaram a possibilidade de a medida ser implementada ainda neste ano.
Alexandre Silveira, durante sua participação em um evento sobre gás natural em Brasília, afirmou que há análises para a possível volta do horário de verão. O momento atual é descrito como “crítico”.
“Estamos em uma fase de avaliação ou não do horário de verão. O horário de verão, nós sabemos que apesar da divisão da sociedade com relação a ele, a maioria da sociedade nas pesquisas de opinião aponta que aprova o horário de verão”, afirmou Alexandre Silveira à imprensa.
Em outro momento, Geraldo Alckmin, o vice-presidente da República, também comentou sobre o assunto. Ele declarou que não vai haver falta de energia, porém considerou o horário de verão como positivo. “Nós precisamos todos ajudar. Horário de verão pode ser uma boa alternativa para você poupar energia. Campanha para você economizar energia (é uma alternativa), você procurar desperdício”, defendeu.
Motivo
Mesmo com a possibilidade de a volta do horário de verão ter sido levantada por autoridades do Executivo, o governo federal tem negado risco de apagão. Em contrapartida, a administração federal tem tomado providências para reforçar a geração e distribuição de eletricidade.
A razão principal da preocupação é a baixa nos volumes dos reservatórios das usinas hidrelétricas. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste está com 52,79% da capacidade. É o mais baixo entre todos. Depois vêm Nordeste (53,87%), Sul (57,65%) e Norte (77,81%).
Em função dessa situação, a administração pública vem tomando medidas para reforçar o sistema elétrico brasileiro. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) orientou para o acionamento das usinas termelétricas.
Com o uso das termelétricas, a conta de luz encareceu. A bandeira vermelha patamar 1 foi acionada neste mês, após decisão da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Haverá um aumento de R$ 4,463 a cada 100 quilowatt-hora consumidos.