Foi aprovado no início desse mês, 3 de setembro de 2024, pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) órgão do Ministério de Minas e Energia (MME), ações de prevenção em funções dos efeitos da estiagem prolongada no país. Uma das decisões importantes foi a autorização para o acionamento (despacho) das usinas termelétricas a gás.
Quando a demanda por energia está alta e ocorre uma alteração da vazão da usina de Belo Monte, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) adota critérios menos restritivos de desempenho e segurança para linhas de transmissão, para as áreas de influência do Estado do Rio de Janeiro e parte da região Nordeste. Essa previdência tem o propósito de afastar os riscos de uma crise energética, como a ocorrida em 2021, e o fantasma dos apagões no setor energético.
Para compreendermos os riscos, foram analisados valores abaixo da média histórica relativos a Energia Natural Afluente (ENA) e Energia Armazenada (EAR). Isto é, a energia elétrica que poderá ser gerada a partir da vazão natural dos rios e a energia elétrica provavelmente será gerada a partir da força da água armazenada nos reservatórios de usinas hidrelétricas, em todos os subsistemas em agosto, respectivamente,
A suposição é de que esses números continuem abaixo da média nos próximos meses de setembro, outubro e novembro, período considerado crítico para o sistema. O tema da segurança energética tomou conta das análises e estudos na última década, principalmente nos países afetados pela guerra entre Rússia e Ucrânia. Os dependentes do gás russo ficaram diante de um cenário catastrófico após o fornecimento cessar.
Por causa desse cenário desafiador, é essencial que a busca pela otimização e integração entre as fontes seja duradoura. Uma vez que o Brasil não enfrenta a dificuldade de autossuficiência elétrica, é crucial pontuar mudanças causadas pelas alterações e efeitos dos fenômenos climáticos, como o El Niño e La Niña.