A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) divulgou dados, na quarta-feira, 4 de setembro, informando que a matriz elétrica brasileira contou com a expansão de 7.096,55 MW de janeiro a agosto, com a entrada em operação de 203 usinas.
No total, 93 são usinas solares fotovoltaicas, com 3.558,04 MW em potência instalada, 90 eólicas, com 3.057,20 MW, 13 termelétricas, com 441,52 MW, cinco PCHs, 35,19 MW, e duas CGHs, com 4,6 MW.
As usinas que começaram a operar comercialmente em 2024 estão instaladas em 15 estados nas cinco regiões do país. Em ordem crescente, os destaques são a Bahia (1.902,80 MW), o Rio Grande do Norte (1.699,95 MW) e Minas Gerais (1.345,93 MW).
Apenas no mês de agosto, o avanço da matriz foi de 570,80 MW, com a operação de 19 eólicas (349,5 MW), seis usinas solares fotovoltaicas (205,5 MW), uma PCH (14,20 MW) e uma CGH (1,60 MW).
Ainda em agosto, a Bahia foi o estado com maior expansão observada, com 16 novas usinas e uma ampliação na oferta de 299,30 MW. Minas Gerais ficou em segundo lugar, com seis usinas e 161,05 MW adicionados à matriz elétrica.
Primeiro lugar
Segundo o site especializado Ember Climate, o Brasil é o país de matriz elétrica do G20 com maior uso de energias renováveis: com 89%. Isso deverá ser muito explorado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a reunião do grupo das 20 maiores economias do mundo, que vai acontecer no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro de 2024.
Lula e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira já declararam em diversas oportunidades que o país realizou a transição energética e que se tornou referência global nesse tópico. O governo ainda repete essa declaração quando foca em empreendimentos fósseis, como a exploração do petróleo na Margem Equatorial.
De acordo com especialista, o entendimento é que o Brasil necessita priorizar a segurança energética ao invés de acumular os esforços na ampliação das fontes renováveis.