A China iniciou um projeto que vai inovar o setor marítimo com a construção dos maiores navios porta-contêineres elétricos do mundo, marcando um avanço expressivo em direção a um transporte marítimo mais sustentável. Esses navios simbolizam uma grande conquista no compromisso do país asiático com a redução das emissões de carbono.
O desenvolvimento desses transportes marítimos é parte de uma estratégia mais ampla de modernização da infraestrutura e busca de alternativas mais ecológicas.
A IMO (Organização Marítima Internacional) havia estabelecido, em 2018, uma meta ousada de redução de metade das emissões do transporte marítimo até 2050.
Entretanto, alguns especialistas alertam que apenas essa medida não é suficiente para evitar que o aquecimento global ultrapasse o limite de 1,5 graus Celsius, de acordo com o estipulado no Acordo de Paris.
Hoje em dia, o transporte marítimo corresponde a quase 3% das emissões globais de gases de efeito estufa, o que equivale a cerca de um bilhão de toneladas de dióxido de carbono por ano. Isso coloca uma pressão sobre o segmento para encontrar soluções inovadoras, e a Chinaestá liderando esse esforço com seus novos navios porta-contêineres elétricos.
Encomendados pela Ningbo Ocean, os novos navios são projetados pelo Instituto de Pesquisa e Design de Navios Mercantes de Xangai (SDARI), uma subsidiária da China State Shipbuilding Corporation (CSSC), e construídos pela Jiangxi Jiangxin Shipbuilding Corporation.
Especificações sobre o navios
Essas embarcações irão ter cerca de 127,8 metros de comprimento e 21,6 metros de largura e serão capazes de transportar até 740 unidades equivalentes a vinte pés (TEUs) em uma rota costeira específica entre dois portos na província de Zhejiang, um em Ningbo e o outro na cidade de Zhapu, em Jiaxing. Essa rota tem o propósito de otimizar o transporte costeiro doméstico, o que diminui não apenas as emissões de carbono, como também os custos operacionais.
Os navios também incluem uma cabine de propulsão elétrica na popa e uma superestrutura redutora de resistência ao vento na proa contribuindo para uma redução expressiva de vibração e ruído, e proporcionar uma navegação mais suave e eficiente. As embarcações ainda serão equipadas com sistemas inteligentes permitindo o monitoramento em tempo real, planejamento de rotas e até mesmo navegação autônoma, além de contar com uma plataforma de prevenção de colisões. Isso coloca os novos navios chineses na dianteira da tecnologia marítima.