A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) contabilizou a entrada de 2.456 unidades consumidoras no mercado livre de energia no mês de julho, um aumento de 272% na comparação anual. Ao todo as migrações no período cerca de 61% foram realizadas por meio da representação de um comercializador varejista.
Hoje em dia, esse setor representa aproximadamente 37% do consumo total de energia elétrica do Brasil, percentual que deverá crescer nos próximos meses, considerando que os cerca de 27,8 mil consumidores já informaram às companhias sobre o desejo de migrar para o ambiente ao longo do ano de 2024, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), citados pela CCEE.
A maioria das migrações para o mercado livre de energia se concentrou nos estados de São Paulo (669), Bahia (489) e Rio Grande do Sul (264).
Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), outros crescimentos significativos foram percebidos nos estados no Nordeste, no Norte e no Centro-Oeste, indicando que as comercializadoras também estão atentas a outras regiões, como Pará, Pernambuco, Ceará, Goiás e Mato Grosso.
Entre os 15 ramos de atividade monitorados pela entidade, migrações significativas aconteceram em julho nos setores de saneamento (606), serviços (543) e comércio (483).
Mercado Livre de Energia
No mercado livre de energia, os clientes podem fazer a negociação da compra da energia elétrica, alguns fatores como preços, prazos, fonte da geração e flexibilidade serão discutidos entre as duas partes, em vez de ser apenas repassado, como fazem as distribuidoras. Não há teto regulado pelo governo, ou seja, as tarifas serão livremente negociadas entre o fornecedor e a distribuidora, sem nenhuma interferência.
O MLE, na maioria das vezes, é mais vantajoso para empresas, porque nesse ambiente existe a possibilidade de obter um custo mais competitivo, já que as organizações são livres para negociar contratos com preços fixos ou variáveis, conforme suas necessidades e projeções. A MLE oferece uma flexibilidade na gestão do consumo de energia e a liberdade de escolha entre fontes mais adequadas.