Sandoval Feitosa, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), disse na terça-feira, 27 de agosto, que a seca é motivo de preocupação do órgão regulador, por causa do impacto dos níveis dos reservatórios do Brasil. Ele negou uma definição antecipada sobre bandeira tarifária para setembro, que será divulgada na sexta-feira, 30 de agosto.
Sobre o crescimento das queimadas, o diretor declarou que as linhas de transmissão estão em estado de segurança, até o momento.
Foi mostrado em julho pelo O Broadcast (um sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que o órgão regulador necessitou retirar recursos da fiscalização a fim de evitar uma paralisação do sistema que monitora as principais linhas de transmissão do país, Sistema de Gestão Geoespacializada da Transmissão (GGT), instrumento principal para prevenir queimadas nesses pontos.
A infraestrutura da rede elétrica passa por biomas que, hoje em dia, estão sendo afetados pelo fogo. O GGT faz o monitoramento de 102 linhas de transmissão espalhadas pelo Brasil, com 43 mil quilômetros em linhas de transmissão.
“Essas linhas de transmissão, que são as estratégicas e que são monitoradas, não acompanham a tendência de queimadas. Nós temos a segurança, até o momento, essa supervisão tem trazido segurança para a operação das linhas”, disse Feitosa.
Em outro lado, há especulação no setor sobre se a bandeira amarela vai ser definida para a conta de luz em setembro, por causa da queda no nível dos reservatórios com a seca em todo o país. Feitosa negou uma definição antecipada, porém reconheceu que o cenário climático de seca sempre será motivo de procuração.
“A seca preocupa com o que se refere à redução dos níveis dos nossos reservatórios e também com relação à confiabilidade das linhas de transmissão, mas neste momento nós temos tido êxito na confiabilidade das linhas de transmissão”, avaliou o diretor-geral.