Na segunda-feira, dia 26 de agosto, a Cemig teve parte de sua rede atingida por queimadas. “As queimadas provocaram o desligamento das linhas de transmissão Ipatinga 1 – Timóteo 2 e Mesquita – Timóteo causando falta de energia nas cidades de Timóteo, Marliéria, Antônio Dias, Jaguaraçu e Coronel Fabriciano”, informou a Cemig.
Ao ONS Operador Nacional do Sistema, a empresa informou o desligamento total de duas subestações, da hidrelétrica Sá Carvalho e de duas linhas de transmissão. A ocorrência incitou a interrupção de cerca de 120 MW de carga, parte dela destinada a indústria Arcelor Mittal.
A interrupção aconteceu às 16h21 e, conforme a companhia, mais da metade dos consumidores afetados teve o abastecimento restabelecido em 3 minutos. “Às 16h54 todos os consumidores atingidos tiveram o fornecimento normalizado”, informou a empresa.
De acordo com a Cemig, apenas em julho deste ano 159,5 mil unidades tiveram o abastecimento desligado devido as queimadas. O montante é mais de três vezes maior ao registrado em todo o primeiro semestre, quando os incêndios instigaram a falta de energia para pouco mais de 45 mil consumidores.
Até julho do ano passado, o abastecimento a 55 mil unidades consumidoras foi interrompido em 112 incidentes provocados por incêndios. Em 2024, o número já ultrapassa 205 mil clientes em 184 ocorrências no sistema elétrico da Cemig.
Segundo a empresa, o restabelecimento do serviço é dificultado pelos danos em dispositivos como postes, cabos e torres, e pela localização das queimadas, que normalmente são feitas em locais de difícil acesso.
“Um dos maiores desafios para as equipes de campo é chegar ao local da ocorrência para fazer o reparo. Normalmente, são locais de difícil acesso e em áreas rurais muito amplas. Além disso, levar estruturas pesadas, como torres e postes, em áreas acidentadas, torna ainda mais complexa a manutenção das redes danificadas pelas queimadas”, explicou em nota, Demetrio Aguiar, o engenheiro de Sustentabilidade da Cemig.