A França detém a matriz elétrica que é considerada a mais limpa entre os países do G20. Isso porque o país europeu produz cerca de 65% de sua energia elétrica em usinas nucleares. Essa fonte é apontada como limpa por emitir poucos gases durante a operação, no entanto, seu uso deixa os ambientalistas em alerta por causa da extração dos minérios necessários para produção da energia nuclear.
O setor mineral é um dos que mais encontram complicações em se ajustar aos padrões ambientais e diminuir emissões. Neste contexto, o país tem diminuído a dependência das usinas nucleares no decorrer dos últimos anos.
De acordo com o site especializado, Ember Climate, que compila dados das matrizes elétricas de vários países, a participação nuclear na matriz francesa reduziu de 78% em 2000 para 65% em 2023. Em contrapartida, a participação de fontes renováveis como eólica, solar e hidráulica obteve um crescimento partindo de 12% para 24% no período.
No total, a França produz 92% de sua eletricidade com fontes consideradas limpas pelo padrão do Ember Climate. O Brasil é a segunda nação com a matriz elétrica mais limpa entre as principais economias globais. Conforme os dados de 2023, o país ficou só 1 ponto percentual atrás da França. O Canadá completa o ranking, com uma participação de 81%.
Energia renovável
Agora, relacionado ao uso de fontes renováveis, o Brasil ocupa o topo do pódio com folgas. Esse fato deverá ser bastante explorado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao decorrer da reunião do G20 que será realizada no Rio de Janeiro, nos dias 18 a 19 de novembro. Lula e Alexandre Silveira, o ministro de Minas e Energia, já fizeram diversas declarações em diversas oportunidades sobre o Brasil já ter realizado a transição energética e que se tornou uma referência mundial nesse contexto.