Considerada uma das fontes de energias mais seguras, a energia nuclear costuma ser vista com cautela ao redor do mundo. A força motriz ganhou uma fama ruim após o incidente na usina nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, resultando em diversas fatalidades e lesões em decorrência da radiação.
Ainda assim, muitos países contam com a energia nuclear e o Brasil não é diferente. Embora a fonte energética não seja tão presente como em países como a França, o Brasil conta com não apenas uma usina nuclear em seu solo, mas, sim, três.
Angra 1 e Angra 2 foram inauguradas em 1984 e 2001, respectivamente, enquanto Angra 3 está em construção na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto, em Angra dos Reis. Frente à instalação carioca, o governo federal busca demonstrar à população que uma usina nuclear é uma construção segura.
Usina nuclear no Brasil e a segurança
O processo de geração de energia em uma usina nuclear é bastante simples e seguro. A energia deriva do calor emitido pela fissão de um núcleo de urânio para aquecer uma quantidade de água que circula pelo reator e gerar vapor.
Essa água é captada e reutilizada após passar por um processo de desmineralização. No entanto, o que muitas vezes é tido como pouco seguro são os resíduos radioativos, que possuem a necessidade de serem armazenados de forma isolada.
As pastilhas de urânio continuam produzindo calor e irradiação. Dessa forma, seu descarte leva muito tempo. Após serem trocadas, precisam ficar anos em piscinas de resfriamento dentro da própria usina nuclear.
A irradiação contamina também uniformes e ferramentas utilizadas no processo de geração de energia. Portanto, o descarte e limpeza precisa seguir um rigoroso protocolo, afim de evitar a contaminação.