Pouco ortodoxas, as usinas eólicas no mar têm seu futuro em xeque no Brasil. As instalações em meio ao oceano foram reguladas em 2023, quando a Câmara aprovou um projeto de lei criando regras para essa tecnologia. No entanto, deve demorar para o projeto sair do papel – se é que vai sair.
As usinas eólicas no mar contam com uma instalação bastante complexa, além de possuírem um custo alto, sendo muito mais caras que as turbinas em terra. Dessa forma, seria necessário uma eficiência energética igualmente superior para que as instalações contassem com o retorno financeiro desejado.
Um estudo feito em 2020 pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética) apontou que os custos de investimento estimados de projetos de usinas eólicas offshore (no mar) são cerca de duas vezes maiores que dos projetos onshore (em terra), podendo variar entre US$ 3.000/kW (kilowatt) e US$ 6.000/kW.
Usinas eólicas no mar: entenda dificuldades
O valor de usinas eólicas no mar posta-se como a maior dificuldade de implementação dessa tecnologia. Quando mais adentro do oceano, mais caro se torna o processo de construção de fundações para as turbinas.
Trata-se de tamanha complicação que, mesmo onde já exista a regulamentação do setor – o que não é caso do Brasil -, estima-se uma demora de oito a dez anos para que um projeto de usinas eólicas no mar fique pronto.
No caso do Brasil, há grande confluência de ventos em terra, facilitando a capatação por energia eólica onshore. Dessa forma, não há a necessidade de realizar tamanho investimento na modalidade offshore, conforme investidores.