Com grande ênfase no crescimento de iniciativas sustentáveis, a China se tornou a maior potência mundial na indústria solar. Desde 2017, o país é o maior consumidor mundial de energia solar fotovoltaica, com 130 GW de capacidade instalada, de acordo com a revista Nature Energy.
Mais do que isso, sua capacidade fotovoltaica deve atingir 400 GW até 2030, mantendo a grande crescente do país na indústria solar. Dessa forma, as maiores empresas do ramo estão localizadas no país, que conta com mais de 400 empresas de produção fotovoltaica, como a Suntech e a Yingli.
Para atingir tais números, a China apostou em diminuir os valores iniciais de investimento em energia solar, além de aumentar a oferta aos consumidores em geral. O resultado foi maior adesão ao modelo de produção, mas há consequências.
China vive mesmo “dilema” de países europeus quando à indústria solar
Devido à grande capacidade fotovoltaica da indústria solar chinesa, houve uma enorme redução nos custos da produção e da venda da modalidade. Embora isso seja ótimo para a população, há uma consequência imediata no lucro das empresas responsáveis pela geração.
Assim como está acontecendo em países europeus, o “excesso” de produção diminui o preço da energia e, consequementemente, afasta investidores das empresas da modalidade, uma vez que há menor taxa de lucro. Assim, empresas como a GCL têm pedido ajuda ao Estado.
O fundador da GCL, Zhu Gongsha, afirma que os preços ao longo de toda a cadeia de produção (do silício aos módulos fotovoltaicos) despencaram a um patamar abaixo dos custos de produção, o que significa que as empresas perdem dinheiro com cada venda.
As condições desfavoráveis do mercado já ocasionaram no encerramento da operação de diversas empresas de grande porte na China, como a Longi e a Trina Solar. O país, no entanto, segue com 80% da indústria solar mundial.